(Brasil*1864+1933) Psiquiatra. Foi um dos pioneiros na introdução de conceitos psicanalíticos no meio psiquiátrico brasileiro. Foi o idealizador e fundador do Hospital Psiquiátrico de Juqueri (originalmente Asilo de Alienados do Juqueri), um dos maiores da América Latina, com concepções mais modernas de tratamento. Apesar disso, também compartilhou do ideário eugenista de Francis Galton, que gozava de algum prestígio naquele momento no meio médico. Auxiliou Durval Marcondes na fundação da Sociedade de Psicanálise de São Paulo, da qual foi também primeiro presidente. Foi o primeiro professor de neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina de São Paulo. “pansexualismo”, “delírio”, “terapia laboral”.

(Alemanha/Brasil*1896+1980) Médica, psicanalista. Foi a primeira analista didata no Brasil, como parte da regulamentação da Sociedade de Psicanálise de São Paulo junto à IPA, nos moldes da Policlínica de Berlin. Foi analisanda de Otto Fenichel. “onipotência”, “sublimação”, “relações de objeto”.

(Brasil*1899+1981) Psiquiatra, psicanalista. Foi o fundador da primeira associação psicanalítica na América Latina. Escreveu a Freud e buscou junto à IPA a organização da instituição brasileira. Com Franco da Rocha formam a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, em 1927. Trouxe para o Brasil Adelheid Lucy Koch como primeira analista didata da IPA, depois de uma tentativa com René Spitz que acabou não dando certo. Também fundou a Revista Brasileira de Psychanalyse, em 1928. Criou as primeiras cátedras de psicologia, saúde mental e psicanálise da USP.

(Brasil*1910+2003) Socióloga, psicanalista. Primeira não médica que teve formação psicanalítica, e uma das primeiras docentes negras pela USP e Santa Casa. Sofreu acusações por prática médica ilegal. Seu pai era descendente de escravos. Ajudou na criação da Revista Brasileira de Psicanálise. Teve um percurso de formação em Londres. Foi analisanda de Adelheid Lucy Koch. “relações raciais”, “sociologia da infância”.

(Brasil*1936+2020) Psicanalista, filósofo e escritor. Escreveu importantes apresentações da metapsicologia freudiana. Ajudou na criação do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ. Mais tardiamente na vida, torna-se um reconhecido escritor no gênero policial, criando o marcante personagem delegado Espinosa, ambientado nas ruas de em Copacabana. “metapsicologia freudiana”.

(Brasil*1939+1997) Médico, psicanalista. Foi médico-assistente em sessões de tortura do regime militar na ditadura, na “Casa da Morte”, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Tinha patente de segundo-tenente médico. Foi denunciado publicamente por Inês Etienne Romeu, em 1980, sendo desligado da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ). A instituição, contudo, tinha conhecimento do fato e fora conivente até então. Já tinha sido denunciado pela psicanalista Helena Besserman Vianna desde 1973, que publica depois um importante livro: Não conte a ninguém: contribuição à história das sociedades psicanalíticas do Rio de Janeiro. O Conselho Federal de Medicina cassa sua licença médica apenas em 1989.

(Brasil*1946) Psicólogo, psicanalista, fez sua formação na Inglaterra. Foi editor da Revista Brasileira de Psicanálise e do International Journal. Foi analisando de Herbert Rosenfeld. “afetos e imagens pictográficas”, “simbolismo”, “processos de simbolização”.

(Brasil*) Filósofa, psicóloga e psicanalista. Estuda a interlocução da psicanálise com a psicologia cognitiva de Piaget, ressaltando o papel das observações. Faz uma leitura autoral dos testes projetivos (em especial o TAT). “usos da teoria”, "psicanálise e ciências cognitivas".

(Itália/Suíça/EUA/Brasil*1948+2021) Filósofo, escritor, psicanalista. Estudou a obra de Piaget, e foi aluno de Roland Barthes, Michel Foucault e Lacan. Tornou-se um importante divulgador do pensamento psicanalítico para o público em geral. “melancolia”, “superego”, “cultura”.

(Brasil*) Médico e psicanalista. Professor no Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e psiquiatra do Instituto de Reabilitação Física do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Membro da Comissão de Publicações da International Psycho-Analytical Associations. Um estudioso do pensamento de Bion. Foi analisando de Deocleciano Bendocchi Alves e depois Judith Andreucci. “psiquiatria e psicanálise”, “saúde mental”, “Wilfred Bion”.

(Brasil*1950) Filósofo e psicanalista. Produziu uma série de trabalhos psicanalíticos nos temas da metapsicologia, as diferentes linhas teóricas, relação com as ciências etc. Editor da revista Percurso. Foi analisando de Claude Le Guen e Vera Stela Telles. “história da psicanálise”, “metapsicologia”.

(Brasil*) Psicólogo, psicanalista. Livre-docente da USP e professor da PUC-SP. É uma figura de referência para a formação em psicologia, além de um dos autores centrais da produção psicanalítica brasileira contemporânea. Sua trajetória vai da arqueologia dos saberes científicos a uma leitura autoral de Freud, Melanie Klein, Bion e Winnicott, além de pesquisas da epistemologia e história da psicanálise. “matrizes do pensamento”, “figuras da intersubjetividade”, “implicação e reserva do analista”, “o fazer sentido”, “adoecimento por passivação/ativação”.