(Alemanha/Suíça*1866+1934) Médico, psicanalista e escritor. É considerado um dos pioneiros da psicossomática. De início, adotou ideias eugenistas e nacionalistas. Cunhou o conceito de Es, depois reapropriado por Freud, em um sentido não exatamente igual. “das Es”, “etiologia psicológica como regra”, “ambivalência”.

(Áustria*1873+1958) Musicólogo e crítico vienense próximo a Freud, interessado na psicologia da criação. Participou das reuniões das quartas-feiras. Pai do pequeno Hanns. “psicologia da criação”.

(Áustria*1877+1920) Psicanalista. Fez parte do movimento anarquista, unindo-se à comunidade de Ascona. Algumas de suas ideias precedem o movimento da antipsiquiatria. Defendia a visão de um psiquismo livre das repressões, sendo um predecessor da contracultura dos anos 60. Ao final da vida, teve muitos problemas com adição a drogas. Sofreu ostracismo da comunidade psicanalítica. Foi analisando de Carl Jung (devido a internações em Burghölzli relacionadas a sua dependência química) e depois por Wilhelm Stekel. “psiquismo sem repressão”, “amor livre”.

(Inglaterra*1882+1926) Médico, psicanalista. Irmão de Edward Glover, mais velho uns anos, morreu precocemente de diabetes. Atuou como cirurgião no Brasil por dez anos. Participou da Clínica Médico-Psicológica de Brunswick, fundada por Julia Turner e Jessie Murray. Foi responsável pela transição da International Library of Psychoanalysis para a Hogarth Press. Foi analisando brevemente de Julia Turner, e depois de Karl Abraham.

(Inglaterra*1888+1972) Médico e psicanalista. Estudou criminologia, criando o Psychopathic Clinic (renomeada Portman Clinic in 1937) e o Institute for the Study and Treatment of Delinquency. Autor de um artigo citado diversas vezes por Lacan. Nas controvérsias Freud-Klein, ficou do lado de Anna. Foi também analista de Melitta, filha de Melanie Klein, e ambos se posicionaram criticamente às ideias de Klein. Opunha-se fortemente ao grupo kleiniano, tendo sido feroz crítico do artigo seminal de Isaacs, sobre a fantasia inconsciente. Foi analisando de Karl Abraham. “freudianismo puro”, “delinquência”, "psicopatia".

(EUA*1894+1989) Médica, psicanalista. Trazia em seu pensamento a indissociação entre psicologia e biologia. “fetichismo e imagem corporal”, “culpa e adicção”, “desenvolvimento pré-verbal”.

(Hungria/França*1902+2005) Biólogo, psiquiatra e psicanalista. Com Janine Chasseguet-Smirgel, com quem era casado, escreveu sob pseudônimo um livro crítico à esquerda do maio de 68, L'univers contestationnaire, o que depois foi motivo para trocas de farpas com Lacan. O livro foi também citado no Anti-Œdipus por Deleuze e Guattari. Grunberger torna-se depois um ácido crítico de Lacan e do lacanismo. Considera seu trabalho a partir da influência de Ferenczi. Foi analisando de Sacha Nacht. “narcisismo”.

(Itália*1916+1985) Médico, psicanalista. Fez parte da resistência ao fascismo. Foi presidente da Sociedade Psicanalítica Italiana, e correspondente das sociedades psicanalíticas na Grécia e na antiga Ioguslávia. Trabalhou a partir de Freud e Winnicott. Foi analisando de Emilio Servadio. “transtorno de ruminação”, “origens da vida mental”, “questão mente-corpo”, “organização mental fundamental”, “imitação/introjeção/identificação”.

(Argentina/Espanha*1921+2007) Médico e psicanalista. Desenvolveu suas ideias a partir do diálogo com Bion, principalmente. Viveu em exílio na Espanha, devido à ditadura militar na Argentina. Foi analisando de Arnaldo Rascovsky e Marie Langer. “contraidentificação projetiva”, “psicoterapia de grupo”, “culpa persecutória e depressiva”.

(EUA*1925+2015) Psiquiatra e psicanalista, dedicou a vida a desenvolver os conceitos bionianos e kleinianos. Foi analisando de Bion, Robert Jokl, Ivan McGuire e Albert Mason. “dual track”, “objeto obstrutivo”, “reverie negativa”, “instinto para a verdade”, “transidentificação projetiva”.

(Egito/França*1927+2012) Psiquiatra, psicanalista, foi presidente da SPP e vice-presidente da IPA. Foi aluno de Lacan, mas se afastou deste pela crítica do afastamento dos afetos em seu pensamento. Sua obra se caracteriza por um pensamento independente e de temática ampla. Foi analisando de Maurice Bovet, Jean Mallet e Catherine Parat. “pós-escolas”, “processos terciários”, “trabalho do negativo”, “irrepresentável”, “posição fóbica central”, “mãe morta”, “estrutura enquadrante”.

(Brasil*1936+2020) Psicanalista, filósofo e escritor. Escreveu importantes apresentações da metapsicologia freudiana. Ajudou na criação do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ. Mais tardiamente na vida, torna-se um reconhecido escritor no gênero policial, criando o marcante personagem delegado Espinosa, ambientado nas ruas de em Copacabana. “metapsicologia freudiana”.

(EUA*1942) Psicólogo, psicanalista. Contribuiu para o início da psicanálise relacional norte-americana, com seu livro Relações de Objeto na Teoria Psicanalítica, escrito com Stephen Mitchell. É editor do The Psychoanalytic Quarterly, e antes foi da seção norte-americana do The International Journal of Psychoanalysis. “psicanálise relacional”, “teoria das relações de objeto”, “história da psicanálise”.